Estudos da Embrapa Uvas e Vinhos apontam que Guarapuava possui clima semelhante ao da Serra Gaúcha para cultivo de uva e vinho

Um estudo técnico divulgado pela Embrapa Uvas e Vinhos aponta que a regioão de Guarapuava possui clima semelhante ao da Serra Gaúcha para o cultivo de uvas e vinhos.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior lançou nessa terça feira (26 de novembro), no Palácio Iguaçu, o programa Revitis, destinado a estimular a produção de uvas no Paraná. Iniciativa inédita no Estado, o programa está apoiado em quatro eixos: incentivo para a produção, reorganização da comercialização, desenvolvimento do turismo e apoio à agroindústria.

O programa é uma parceria entre o Governo do Estado (por meio da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento), suas autarquias, as universidades e a iniciativa privada, e prevê a autossuficiência da cadeia como resposta à falta de parreiras para atender a demanda da indústria local.

O governador afirmou que o estímulo à produção de uva com qualidade vai gerar emprego e renda, principalmente diante de um contexto de 85% de propriedades ainda dedicadas à agricultura mais enxuta no Estado. “A ideia é fortalecer a produção de uva, suco e vinho. O Paraná foi um grande produtor no passado e ao longo do tempo diminuímos a produção. Queremos retomar essa cadeia com muita força e com planejamento integrado”, afirmou Ratinho Junior. “Queremos disputar em grau de igualdade com o Rio Grande do Sul e consolidar nossos vinhos em todo o mundo”.

O Revitis vai integrar os atores da cadeia produtiva da uva, capacitar produtores e reestruturar a rede estadual da pesquisa para a viticultura, além da promover o turismo relacionado à cultura da uva e derivados. Haverá linhas de financiamento e acompanhamento técnico. A viticultura e a vitivinicultura (produção para vinhos) têm potencial de aumentar o leque de alternativas para a geração de renda nas pequenas propriedades rurais, porque conseguem gerar mais oportunidades de emprego do que culturas extensivas.

No Paraná, falta uva para atender o aumento da demanda para a indústria instalada, cuja capacidade de processamento cresce todos os anos. Os produtores estaduais importam mais de 90% das uvas de mesa que utiliza para fazer sucos e vinhos coloniais e cerca de 84% das uvas para vinhos finos.

O Revitis, afirmou o governador, visa reverter esse modelo comercial desequilibrado. “Temos qualidade e sabemos o que queremos entregar, mas faltava organizar esse ecossistema”, disse. “Nossos técnicos vão ajudar os produtores a especificar as variedades genéticas para eles produzirem mais e com mais qualidade em todas as regiões. Queremos fazer do Paraná um Estado agroindustrial, capaz de tirar do campo e processar com valor agregado”.

O programa se soma à retirada do vinho do regime de substituição tributária no começo de novembro, o que já apresenta redução do preço de venda para o consumidor final.

AÇÕES DO PROGRAMA 

O Revitis será gerido em parceria pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento, Emater, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Associação de Vitivinicultores do Paraná (Vinopar), Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Assembleia Legislativa e secretarias da Fazenda, do Planejamento e Projetos Estruturantes e do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo.

Ele prevê a criação de uma câmara técnica setorial de viticultura, que será responsável por deliberar sobre as políticas públicas de integração, agroindústria, turismo e relação com os produtores, e tem como um dos principais objetivos ampliar a participação de viticultores iniciantes no processo produtivo.

“Temos conhecimento, clima, solo e produtores. Por que não espelhar o Chile, a Argentina, a França, a Itália, a Espanha e o vale dos vinhedos gaúcho? É um programa que tem a ousadia de fortalecer uma cadeia inteira, gerando oportunidades no campo e na indústria”, disse Norberto Ortigara, secretário da Agricultura e do Abastecimento.

“Vamos aportar recursos, integrar a cadeia, treinar técnicos e agricultores, financiar ideias, rever tributos e participar do esforço do turismo”, complementou o secretário. Ele destacou que um hectare de uva gera um emprego no Paraná, em média, e dois ou três empregos na cadeia produtiva. “Ampliar um pouco essa margem trará muitos ganhos ao Estado, além de possibilitar ao pequeno agricultor multiplicar seu retorno financeiro em até cinco vezes”.

GENÉTICA E CRÉDITO

O programa prevê, ainda, um viveiro de mudas que será montado pelo Iapar para colocar material genético de procedência à disposição dos agricultores e linhas de crédito da Fomento Paraná e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). “O sistema paranaense de fomento vai lançar linhas para toda essa cadeia de uvas, seja para os agricultores, as cooperativas ou os comerciantes. Os juros serão subsidiados, logo, os valores serão mais baixos do que os bancos comerciais”, afirmou Heraldo Neves, diretor-presidente da Fomento Paraná.

SUCOS E VINHOS

A Associação de Vitivinicultores do Paraná (Vinopar) estima que a manipulação industrial tem potencial de crescimento de 57% para a fabricação de sucos e vinhos coloniais e de 342% para vinhos finos em cinco anos.

“Vamos resgatar a viticultura estadual. Temos total condição de voltar a fazer do Paraná um grande produtor de uvas. O Rio Grande do Sul emprega 20 mil famílias, com média de dois hectares cada. Se a gente alcançar esse patamar no Paraná, os produtores terão renda extra de R$ 60 mil ao ano. Isso ajudará os agricultores a ficarem no campo”, afirmou Giorgeo Zanlorenzi, presidente da Vinopar.

Esse planejamento abrange ampliar a área plantada para mais de 6.000 hectares, alcançando, pelo menos, patamar de 2010 da produção. Atualmente são 3.666 hectares de área plantada – 2.049 hectares com uva de mesa e 1.617 hectares com uva rústica, para fabricação de sucos e vinhos. O Estado perdeu dez mil postos de trabalho nos últimos dez anos.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, o cultivo de uva para fins comerciais está presente em 138 municípios paranaenses, com volume de produção de 65 mil toneladas da fruta, entre uva de mesa e uva rústica. Em 2018, o faturamento bruto dos produtores girou em torno de R$ 254 milhões. A fruticultura como um todo representa 2% do faturamento rural do Paraná (R$ 1,7 bilhão por ano).

“Envolvemos todos os elos da cadeia produtiva, da produção à comercialização, para aumentar o sucesso da atividade. A atividade caiu nos últimos anos, mas tem potencial de revitalização”, destacou Alessandra Maria Detoni, pesquisadora do Iapar, que participou da construção do programa. “Formamos uma rede de pesquisa em viticultura. Vamos solucionar os problemas do campo com a introdução de novos cultivares e manejo fitossanitário adequado e subsidiar o trabalho técnico dos agricultores”.

POTENCIAL DA REGIÃO DE GUARAPUAVA

O Revitis tem como embasamento técnico estudos recentes da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves (RS), que incluíram o Paraná como local de clima indicado para a viticultura.

A partir da classificação climática, as características dos planaltos de Curitiba e de Guarapuava foram considerados semelhantes aos da Serra Gaúcha e da Serra do Sudeste, também no Rio Grande do Sul, onde a produção já se consolidou e obteve reconhecimento internacional.

Essas regiões no Paraná com características de clima úmido, temperado quente e com noites amenas guardam semelhanças com regiões produtoras do Uruguai, Espanha (Galícia) e Itália (regiões de Modena e do Vêneto).

Uma das ideias é estimular a produção de uvas em áreas de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e que sejam declivosas. São áreas da região Centro-Sul de baixa exploração e que podem se tornar rentáveis e produtivas com pequenas áreas plantadas.

Outras regiões no Estado como o Sudoeste, o Norte e o Oeste também apresentam características climáticas ideais para produção de uva de mesa, suco e vinho – Marialva, responsável por mais de 40% da produção estadual, é uma das cidades produtoras mais conhecidas.

O Revitis ainda vai ajudar a impulsionar as atividades de diversas vinícolas já instaladas em Araucária, São José dos Pinhais, Campo Largo, Colombo e Piraquara.

O cultivo de uva e produção de vinho estão presentes no Estado desde o período da colonização por imigrantes europeus italianos e alemães, no início do século 20. A atividade se concentrou na Região Metropolitana de Curitiba até a década de 60, com grandes vinícolas economicamente competitivas, mas houve queda da produção a partir dos anos 70.

Entre os motivos desse hiato produtivo estão pragas que causaram quedas acentuadas de produtividade e, em muitos casos, perdas totais nos parreirais; e valorização do mercado imobiliário no entorno da Capital, o que deixou os terrenos muito caros para viticultura. Também houve o fechamento de uma unidade de pesquisa, deixando o setor carente de tecnologia.

Com o apoio da assistência técnica rural do setor público e do desenvolvimento da pesquisa no Estado, novos parreirais destinados a uva de mesa, suco e vinho foram instalados em outras regiões do Paraná nas décadas de 70, 80 e 90.

*Fonte: Site Gmais noticias

Segue para sanção do Executivo projeto que autoriza a instalação de equipamento eliminador de ar na tubulação de água em Guarapuava

Autoria dos vereadores Dognei (PDT), Maria José (PSDB) e Professor Serjão (PT), o projeto tem como objetivo garantir ao consumidor a possibilidade de optar pela instalação do equipamento, de maneira a impedir a cobrança do ar que passa pelos canos e é contabilizado juntamente com a água consumida durante o mês.

“É um projeto que atende uma parcela importante da comunidade, principalmente os lugares mais distantes, como o Jardim Aeroporto, o Colibri, o Jardim das Américas. Porque, dado a distância e a altitude da localização geográfica desses bairros, chega muita pressão, principalmente quando há interrupção no sistema. Então interrompe o abastecimento, quando retorna todo ar da tubulação é drenado para essas regiões. Então é uma região da cidade que a gente estima que quem instalar esse aparelho vai ter uma economia mensal entre 30% e 40% na sua conta de água”, explica o Vereador Professor Serjão (PT).

*Fonte: Site Ipolitica

De acordo com o projeto, a instalação do equipamento, em localidades onde já existe um hidrômetro, fica a cargo do consumidor. Entretanto, o texto prevê que os novos hidrômetros deverão ser instalados juntamente com o eliminador de ar, sem taxas adicionais para o usuário.

Para aderir ao dispositivo, é necessário solicitar a instalação junto a empresa concessionária de serviço público de abastecimento de água do município. Após o pedido, a mesma terá o prazo máximo de 30 dias para realizar a instalação, ou autorizar o proprietário a Faze-la.

Procon de Guarapuava promove mutirão online para resolução de reclamações

Ação seguirá ate 20 de novembro. Ao final do prazo de resposta do fornecedor, o consumidor tem 20 dias para avaliar o retorno

Para aqueles que estão com problemas com operadoras de telefonia ou TV por assinatura, o Procon de Guarapuava  está realizando a Quinzena da Solução, um mutirão online para resolução de problemas. Através do site , a iniciativa busca ouvir os consumidores deixando um espaço para reclamações e solicitar uma resposta das empresas em até 10 dias. “As reclamações contra operadoras de telefonia e TV por assinatura são responsáveis pelo maior número de atendimentos realizados no órgão diariamente e são, sem dúvida, um transtorno para os consumidores que não conseguem solucionar os problemas diretamente com as empresas”, destacou o coordenador do Procon de Guarapuava, Paulo Lima.

Na plataforma digital, é necessário que o consumidor efetue o cadastro, para gerar um login e uma senha. Com o registro, o usuário poderá informar a operadora, podendo fazer a sua queixa e mencionar, se houver, os protocolos anteriores. Após finalizar, as empresas entrarão em contato para apresentar uma proposta ao consumidor, por isso, os dados de contato devem ser preenchidos corretamente, para facilitar o atendimento.

A ação seguirá ate 20 de novembro. Ao final do prazo de resposta do fornecedor, o consumidor tem 20 dias para avaliar o retorno.

*Fonte Site gmais noticias