Richa estuda ceder mais policiais ao Gaeco

O governador Beto Richa estuda ampliar o número de policiais cedidos ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Richa esteve ontem com o procurador-geral do Estado, Gilberto Giacoia, e com membros do Ministério Público. O chefe de Gabinete, Deonilson Roldo, e secretária de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, também participaram da reunião.

Richa reafirmou interesse em manter a cooperação com o MP, conforme já havia declarado, e garantiu ao Gaeco o mesmo número de policiais cedidos no mês de novembro, conforme já havia sido ajustado em reunião anterior com Giacoia e com o aval da Secretaria de Segurança. Richa destacou o bom desempenho que o secretário da Segurança Pública, Cid Vasques, vem apresentando, com a redução dos índices de homicídios no Estado, dentre outras atuações relevantes.

No encontro, estabeleceu-se que, a partir de agora, a cessão de policiais civis e militares para o Ministério Público será regulamentada de outra maneira. Caberá ao procurador-geral solicitar formal e diretamente a cessão de policiais civis e militares ao chefe do Poder Executivo, a quem compete privativamente, no uso de suas atribuições constitucionais, analisar e autorizar a cessão de policiais ao Ministério Público, bem como regulamentar os mecanismos de cessão e os prazos, atendendo aos interesses da Política de Segurança Pública do Estado.

Governo encerra rodízio e Gaeco deve resgatar policiais retirados

Os dez promotores dos seis núcleos do Gaeco no Paraná se reuniram na manhã de hoje na sede do grupo, em Curitiba, para debater os rumos da organização de combate ao crime organizado.
Em razão do novo posicionamento do governo do Estado de extinguir o rodízio de policiais no Gaeco – modelo de cessão que o Ministério Público considerava inviável –, a decisão foi por manter o grupo. A partir de agora, a solicitação dos policiais será feita única e diretamente pelo procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia, ao governador Beto Richa.

Para o Gaeco, essa medida é um avanço, tanto por garantir a continuidade do grupo, quanto por representar uma diminuição na burocracia. “A princípio, nós pensamos que essa nova regra seja positiva, porque desata um nó que havia entre o Gaeco e o governo, e também porque facilita o contato com o governo ao solicitarmos policiais”, disse ao Diário o coordenador-geral do Gaeco no Paraná, promotor Leonir Battisti. “Claro que toda regra, se mal aplicada pode produzir resultados ruins. Mas acredito que será positiva”.

Antes, eram os próprios promotores dos núcleos do Gaeco que requeriam à Sesp (Secretaria Estadual de Segurança Pública) a cessão de policiais à organização. Apesar de burocrático, o sistema era tido como funcional pelo Ministério Público, uma vez que permitia aos coordenadores selecionar policiais de determinados perfis e, acima de tudo, garantir sua permanência no grupo.

No entanto, a partir de setembro do ano passado, a Sesp implantou o sistema de rodízio, no qual nenhum policial poderia ficar mais de dois anos no Gaeco, e o contingente passou a ser escolhido pela própria secretaria. A medida desagradou o MP, que considerava sua exclusiva prerrogativa indicar os policiais. Para os promotores, como muitos policiais investigam suas próprias corporações (Polícia Militar e Civil), eles podem sofrer perseguição ao regressar. Além disso, o rodízio removia do Gaeco justamente os policiais mais experientes no combate ao crime organizado.

Contudo, ainda hoje pela manhã, a assessoria da Casa Civil publicou uma nota sobre o encontro que o governador Beto Richa teve ontem, 29, com procurador Gilberto Giacoia e membros do Ministério Público.

A nota afirmava que o governador reiterou o interesse de manter a cooperação com o Ministério Público em relação ao Gaeco, e informava que, como resultado da reunião, estabeleceu-se que a cessão de policiais civis e militares para o Ministério Público será solicitada unicamente pelo procurador-geral de Justiça. O governador disse ainda que manteria o número de policiais que compunham o Gaeco no mês de novembro, e declarou que estuda a possibilidade de ampliar a cessão.

O coordenador-geral do Gaeco destacou que os primeiros esforços terão o intuito de reaver os policiais que já atuavam nos núcleos. “Não há nenhuma proibição de se solicitar essas mesmas pessoas. Então vamos solicitar primeiro esses policiais, para que eles possam retornar ao trabalho”.

FONTE: Diário de Guarapuava

Nova ação ameaça futuro político de Bernardo Carli

A denúncia de “caixa 2” nas eleições de 2010 contra o deputado estadual Bernardo Ribas Carli, acatada nesta semana pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, poderá repercutir em outra ação na qual o parlamentar já foi condenado à cassação do diploma e só se mantém por cargo por meio de liminar.

No ano passado, Bernardo foi cassado em decisão unânime do TRE por gastos ilícitos com cabos eleitorais. É a mesma situação que levou a de agora. O então candidato declarou que um grupo de pessoas prestou serviços “voluntários” na campanha, mas o Ministério Público descobriu que houve pagamento por fora.

As denúncias representam um golpe violento sobre o futuro político de Bernardo Ribas Carli. Vai responder criminalmente por “caixa 2”, correndo o risco de pegar até 5 anos de prisão. Na mesma ação está Adriana Colman, assessora de Bernardo, responsável pela prestação de contas considerada “fraudulenta”.

Bernardo Carli não foi eleito em 2010, ficando na segunda suplência com cerca de 32.000 votos na soma geral, pouco mais 20.000 em Guarapuava, sua principal base eleitoral (seu pai, Fernando Ribas Carli, foi prefeito por três vezes). Conseguiu se efetivar como deputado graças à seguida desistência de parlamentares realmente eleitos.

FONTE: Redesuldenoticias

MP vai investigar irmão de Richa por receber propina

O Ministério Público do Paraná, através da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Curitiba, abriu, nesta segunda-feira (27), investigação para apurar o suposto recebimento de R$ 500 mil, como propina, por Pepe Richa, irmão do governador Beto Richa (PSDB), para facilitar a favorecer uma empresa em um negócio no Paraná; a empresária do ramo de transportes Ana Cristina Aquino disse que Pepe Richa recebeu a propina para facilitar um acordo entre uma das empresas dela – a AG Log – e a montadora Renault, que tem fábrica no Estado.

O Ministério Público do Paraná, através da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Curitiba, abriu, nesta segunda-feira (27), uma investigação para apurar o suposto recebimento de R$ 500 mil, como propina, por Pepe Richa, irmão do governador Beto Richa (PSDB), para facilitar a favorecer uma empresa em um negócio no Paraná. Pepe é secretário de Infraestrutura e Logística do Estado. O caso se tornou público em reportagem da revista Istoé desta semana.

De acordo com a reportagem, a empresária do ramo de transportes Ana Cristina Aquino disse que Pepe Richa recebeu R$ 500 mil de propina para facilitar um acordo entre uma das empresas dela – a AG Log – e a montadora Renault, que tem fábrica no Estado (leia mais aqui).

Leia a nota oficial do MP-PR sobre a abertura da investigação:

“A respeito dos fatos veiculados pela imprensa envolvendo suposto pagamento de propina no caso AGX Log/Renault, o Ministério Público do Paraná abriu nesta segunda-feira (27/01) investigação sobre o assunto. A apuração está a cargo da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Curitiba.”

Holanda foi maior compradora de Guarapuava em 2013

Em 2013, Guarapuava vendeu ao exterior mais de US$ 202 milhões em produtos. E os Países Baixos (Holanda) foram os maiores clientes do município ao longo do ano, adquirindo 26% desse montante – um total de US$ 52,1 milhões. O mercado neerlandês superou inclusive as compras da Alemanha, que costumava ser o maior cliente das empresas guarapuavanas.

O país teve um aumento expressivo – de 43% – na participação das compras de Guarapuava no último ano, sendo que em 2012 os Países Baixos haviam importado pouco mais de US$ 36 milhões em produtos.

No mesmo período, a Alemanha perdeu a primeira posição na aquisição de produtos guarapuavanos, reduzindo o volume de importações em 61% – de US$ 87,5 milhões em 2012 para US$ 33,7 milhões.

Produtos
Embora o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) não divulgue quais produtos são vendidos a quais países, é fato conhecido (conforme publicado no ano passado pela revista Valor Econômico) que esses países importam farelo de soja em grande quantidade para nutrição animal – justamente um dos itens mais exportados pelo município. Subproduto da fabricação de óleo de soja, o farelo somou US$ 96,5 milhões em vendas ao exterior no ano passado.

Além disso, os compensados de madeira (o segundo produto mais vendido por Guarapuava aos estrangeiros) são muito usados na construção civil da Europa, o que também ajuda a deduzir o destino desse item.

Fonte: Diário de Guarapuava

Cezar “Pai”, nome cada vez mais forte para candidato a estadual

A escolha do candidato a deputado estadual no Grupo Silvestri em Guarapuava passa, indispensavelmente, pelo nome do deputado federal eleito Cezar Silvestri (PPS), atual secretário de Governo do Paraná. Pai do prefeito Cesar Silvestri Filho, Cezar “Pai”, como é chamado, tem um cacife reconhecido por ser a liderança mais expressiva do grupo, mas, no presente caso, porque a sua indicação para ser o candidato a deputado estadual representaria um peso de forças mais consistente no quadro político e eleitoral no momento.

Todos os indicativos eram de que a secretária municipal de Assistência Social, Cristina Rauen Silvestri, esposa de Cezar e mãe de Cesar Filho, fosse a candidata. Isto só aconteceria (ou poderá acontecer) se Cezar Pai abrisse mão da indicação, hipótese que já vem sendo considerada remota.

O nome do secretário Cezar Silvestri retorna ao cenário das projeções por fatores predominantes, a saber: 1) candidatos a deputado estadual, como Bernardo Carli Filho (PSDB) e Artagão de Mattos Leão (PMDB), estão ganhando espaço pela indefinição da candidatura no Grupo Silvestri, principalmente em territórios eleitorais na região, antes ocupados pelos silvestristas; 2) o governador Beto Richa, candidato à reeleição, está requisitando candidatos com condições de enfrentar o nível dos debates, que já estão sendo acirrados , faltando relativo tempo para as eleições de outubro.

Por fora, ainda, corre o médico Antenor Gomes de Lima (PT), que, a depender do quadro global, poderá sair a estadual ou federal.

Na política desde 1988, eleito como vice-prefeito no mandato de Fernando Ribas Carli (PP), Cezar Silvestri foi deputado estadual, deputado federal, na última eleição licenciando-se da Câmara Federal para assumir Secretarias no Governo Beto Richa.

A avaliação no Palácio Iguaçu é de que esta eleição não será fácil. Exige a presença de candidatos com experiência e já conhecidos do eleitorado, com mais facilidade para fazer penetrar a mensagem de reeleição de Beto Richa. Como candidato, Cezar Silvestri poderá falar diretamente aos eleitores sobre as obras do Governo Beto Richa e assumir para si muitas dessas conquistas, por sua atuação direta junto ao governador paranaense.

Fonte: Redesuldenoticias