Requião disputa presidência do PMDB nacional para preservar aliança com o PT

O senador Roberto Requião vai disputar a presidência nacional do PMDB, em novembro, contra o que chama de “estupidez do rompimento do partido com a presidenta Dilma Rousseff e o PT”. Crítico da politica econômica conduzida pelo ministro Joaquim Levy, Requião pretende apresentar “um projeto nacional de desenvolvimento.” Mas fará a defesa de Dilma Rousseff e do PT contra o PMDB de Eduardo Cunha e de Renan Calheiros, que defendem o afastamento dos peemedebistas de Dilma e do PT. “Eu não conversei ainda com Michel Temer sobre essa questão, mas o rompimento político do PMDB seria uma ‘estupidez’ sem precedentes.” Na última sexta, Requião liderou o lançamento nacional de uma Frente Popular e Democrática que prega mudanças na política econômica. O movimento suprapartidário serve à estratégia de empurrar o governo Dilma à esquerda dos acontecimentos recentes.

Valor do salário mínimo será R$ 865 em 2016; é mole ou quer mais?

Salário mínimo de R$ 865,50, crescimento econômico perto do zero e déficit orçamentário de R$ 30 bilhões. Esses são alguns dos principais destaques do projeto do Orçamento de 2016, entregue pelos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Fazenda, Joaquim Levy, ao presidente do Senado, Renan Calheiros, na tarde desta segunda-feira (31) — último dia do prazo para envio do Orçamento da União ao Congresso.

O documento apresenta as expectativas de arrecadação e a fixação de quanto o governo vai gastar em cada área. Previsões sobre o produto interno bruto (PIB) e inflação também constam do texto. Na visão de Renan, o orçamento deficitário revela uma mudança de atitude do governo, que elaborou um orçamento “verdadeiro” e “realista”. Renan pediu entendimento em torno de uma agenda suprapartidária, que preserve o interesse nacional, para enfrentar a situação fiscal do país.

— Precisamos continuar trabalhando para encontrar saídas para o Brasil. Fundamentalmente, o objetivo é mobilizar a todos para o bem do país — disse Renan Calheiros.

Números

Logo após a reunião, o ministro Nelson Barbosa concedeu uma rápida entrevista, citando os principais indicativos do Orçamento da União. Segundo o ministro, a inflação de 2016 deve ficar em 5,4%. Já o crescimento do PIB deve ser de apenas 0,2%. O projeto prevê um déficit de R$ 30,5 bilhões para 2016 — valor que representa 0,5% do PIB. Na semana passada, o governo ensaiou a volta da CPMF, conhecida como o imposto do cheque. O tributo, que teria alíquota de 0,38%, ajudaria o governo a equilibrar as finanças. Com a repercussão negativa, porém, o governo desistiu da ideia e teve de assumir o déficit para o ano que vem.

— Mesmo após um esforço de contenção de gastos, não será possível cumprir a meta anterior de superávit primário. Estamos trabalhando para melhorar, gradualmente, a situação fiscal do país — afirmou Barbosa.

Na opinião do ministro, existem várias formas de enfrentar a situação deficitária. Uma delas seria a revisão dos gastos obrigatórios, que são aqueles determinados por lei. Para isso, apontou, é preciso um entendimento com a sociedade e com o Legislativo, já que a medida demandaria uma alteração legal. O ministro ainda informou que o governo também entregou ao Congresso a proposta do Plano Plurianual (PPA) para o período 2016-2019. O PPA estabelece cenários, metas e objetivos para o período e, segundo Barbosa, representa o início de um novo ciclo orçamentário.

Tramitação

Pela Constituição, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que trata do Orçamento, deve ser entregue pelo Poder Executivo até 31 de agosto de cada ano e pode ser aprovada até dezembro. Essa prática, no entanto, não é obrigatória e não impede que o Congresso entre em recesso.

Pela legislação em vigor, no início de um ano sem que o orçamento tenha sido aprovado, o Executivo conta apenas com a liberação mensal de um doze avos (duodécimos) do valor previsto para o custeio da máquina pública. Para projetos e investimentos, o governo deve esperar pela aprovação da LOA ou optar pela edição de medida provisória.

A proposta do Executivo para a Lei Orçamentária Anual de 2016 será examinada inicialmente pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), que tem como presidente a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) e o deputado Ricardo Barros (PP-PR) como relator. Depois, a matéria será apreciada pelo Congresso Nacional e seguirá para sanção da presidente Dilma Rousseff.

Petrobras reajusta preço do gás de botijão em 15%

A Petrobras comunicou ao mercado reajuste de 15% no preço de gás liquefeito de petróleo (Gás LP, o gás de cozinha), vendido em botijões de 13 quilos, informou nesta segunda-feira (31) o Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás LP (Sindigás).

Segundo a entidade, os novos preços entram em vigor nesta terça-feira (1º). A alta para o consumidor será de cerca de R$ 3 por botijão. Segundo a pesquisa de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio do botijão de 13 quilos no país era de R$ 46,19 na semana passada. Com um reajuste médio de R$ 3, o novo preço será superior a R$ 49.

É a primeira vez, desde 2002, que a Petrobras aumenta o preço do gás engarrafado em botijões de 13 quilos. Naquele ano, a estatal passou a usar políticas diferentes para os diversos usos do combustível.

O gás vendido em vasilhames maiores ou a granel acompanhou mais de perto as variações dos preços internacionais. Já o botijão de 13 quilos, mais popular, vinha sendo subsidiado.

O congelamento de preços foi motivado por reclamações durante a campanha eleitoral de 2002, feitas pelo então candidato da situação, José Serra (PSDB), a respeito de seguidos aumentos de preços dos combustíveis.

Para outros vasilhames, o último reajuste, também de 15%, foi concedido em dezembro de 2014.

Custos
O preço final de venda do produto é livre e sofreu ajustes nos últimos anos de acordo com fatores de custos para distribuidores e revendedores.

“O Sindigás esclarece que, como os preços são livres em todos os elos da cadeia e o mercado tem autonomia para fixá-los, a alta do preço do produto nas refinarias aumenta a pressão de custos sobre o Gás LP para o consumidor final”, disse a entidade, em nota oficial.

“Por isso, o Sindigás orienta o usuário a pesquisar os valores cobrados pelas revendas para escolher aquele fornecedor que não só tem preços mais vantajosos, mas também que oferece os melhores serviços”, conclui a entidade.

Procon e Vigilância Sanitária fiscalizam supermercados em Guarapuava

Equipes do Procon (Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor) e da Vigilância Sanitária Municipal estão fiscalizando mercados, mercearias e padarias. O objetivo é verificar o fracionamento e rotulagem de produtos de origem animal, como queijos, presuntos, embutidos, carnes, entre outros, conforme recomendação do Ministério Público do Paraná.

No total, serão fiscalizados aproximadamente 150 estabelecimentos em toda a cidade. Irregularidades podem acarretar em processo administrativo junto à coordenadoria e multa, que tem valor mínimo de R$ 400,00, além da apreensão dos produtos vencidos ou considerados impróprios pela Vigilância Sanitária. “Com todo esse cuidado tanto do Procon quanto da Vigilância Sanitária, os consumidores podem ficar mais tranquilos ao adquirir produtos nos comércios. Essa vistoria dá mais segurança e garantia aos produtos”, explica o coordenador do Procon de Guarapuava, Irineu Rodrigues Junior, lembrando ainda que todos os estabelecimentos receberam um comunicado 30 dias antes da fiscalização, por parte da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio. “Essas informações também estão no site da Prefeitura de Guarapuava e foram publicadas em Boletim Oficial”, acrescenta.

De acordo com o artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, todo cidadão que adquirir produtos alimentícios com data de validade vencida, embalagem danificada ou produto impróprio para o consumo, entre outras irregularidades, pode recorrer aos serviços disponíveis na unidade do Procon. É importante apresentar a nota fiscal da compra. O Procon de Guarapuava atende de segunda a sexta-feira das 9 às 17h, na rua Saldanha Marinho, 2837. O telefone gratuito é 151.

Safra recorde não assusta o Porto de Paranaguá

O potencial crescimento da safra brasileira 2015/16 não é motivo para tirar o sono dos operadores do Porto de Paranaguá. Segunda principal porta de saída de grãos, o complexo paranaense aposta nos recentes investimentos para suprir, mesmo que parcialmente, a demanda da próxima temporada agrícola. O país deve produzir mais de 210 milhões de toneladas de grãos e exportar mais de 50 milhões de toneladas só de soja.

Além disso, a otimização da operação deve contribuir para frear a queda na participação das exportações de granéis nos últimos anos. Se Paranaguá era responsável por escoar 25% da soja, milho e farelo de soja que deixaram o país em 2012, o índice caiu para 21% em 2013 e 2014.

De acordo com estimativa do Agronegócio Gazeta do Povo, o avanço na oleaginosa será de 3,7% em relação à temporada passada, colocando a produção nacional a beira dos 100 milhões de toneladas. No cereal de verão, as 32 milhões de toneladas devem se repetir.

“A situação de hoje [de Paranaguá] atende perfeitamente a demanda. Não vai passar por apuros, pois o aumento da safra será absorvido pelos portos do Arco Norte”, afirma o coordenador do Movimento Pró-Logística do Mato Grosso, Edeon Vaz Ferreira.

“Nosso objetivo é sempre aumentar a capacidade de produção. Como existem dias de chuva [quando as operações são interrompidas], precisamos trabalhar com capacidade maior [nos dias de sol] para compensar”, frisa o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, que projeta Paranaguá exportando até 7% mais granéis em relação a 2014, quando atingiu 16,7 milhões de toneladas de soja em grão, milho e farelo.

A aposta do executivo no aumento do potencial do complexo portuário tem lastro nos recentes investimentos. Dois dos quatro novos shiploaders (carregadores de navios) já estão em operação no Corredor de Exportação, onde atracam os graneleiros, desde o início do ano. A promessa é que a outra dupla comece a operar, no máximo, em fevereiro de 2016, mês que a colheita ganha ritmo e, consequentemente, as operações de embarque. “Os equipamentos 3 e 4 estão em processo de instalação. Tudo estará 100% em 2016”, garante Dividino. Serão mil toneladas a mais por hora – 500 toneladas extras por shiploader.

Paralelamente, a Appa executa o serviço de embrechamento dos berços de atracação. A profundidade, antes de 12,6 metros, passou para 13,8 metros. Com maior calado, os navios podem ser carregados com mais grãos sem o receio de tocar o fundo do mar.

Novos equipamentos

Outro investimento previsto é a compra de mais dois tombadores de caminhão para o silo vertical para acelerar a operação. “A ordem de serviço de compra já foi homologada. A expectativa é ter os equipamentos até o final da safra [junho de 2016]”, diz Dividino.

A otimização do Corredor de Exportação de Paranaguá traz alívio para as empresas que operam no litoral do estado e há décadas conviviam com uma estrutura ultrapassada. “Isso é parte do processo de revitalização de um ativo de mais de 40 anos. É um avanço que melhora a produção. Mas precisa continuar”, afirma o presidente do conselho de administração da Top Rocha, João Gilberto. “O porto trocou as torneiras, agora precisa trocar o encanamento”, complementa, em referência a necessidade de substituir as esteiras e roletes que chegam aos shiploaders.

No ano passado, a empresa investiu cerca R$ 120 milhões em quatro armazéns, além das esteiras até o cais, para ganhar produtividade.

Gazeta do Povo.

Instituto de Saúde Santa Clara ganha equipamento para ultrassom

Candói - O Instituto de Saúde Santa Clara ganha um equipamento de ultrassom. O pedido foi feito pela diretoria do hospital, ao deputado estadual Bernardo Carli.

Trata-se de um investimento de R$ 56,5 mil e será utilizado em procedimentos de diagnóstico por imagens. O instituto de Saúde é a principal referência de atendimento das redes Mãe Paranaense e Paraná Urgência para aqueles três municípios, e realiza cerca de 2 mil atendimentos por mês, entre consultas, exames e procedimentos de urgência e emergência.

O prefeito, Gelson Costa,disse que o deputado é um “grande parceiro do município” e já entregou mais de R$ 600 mil em investimentos só para a Saúde, viabilizados junto ao Governador Beto Richa. 

Redesuldenotícias.

Em audiência repleta de gafes, Spider leva suspensão de um ano da NAC

O ex-campeão dos pesos-médios do Ultimate Anderson Silva contou, pela primeira vez, a sua versão sobre os exames antidoping em que testou positivo antes e depois de seu duelo contra Nick Diaz, pelo UFC 183, em janeiro passado. O lutador compareceu à audiência disciplinar da Comissão Atlética de Nevada (NAC), nesta quinta-feira na sede do órgão, em Las Vegas, Estados Unidos. Após duas horas e meia de julgamento, ele foi suspenso por um ano, multado em 30% da bolsa de US$ 600 mil (US$ 180 mil) que recebeu, perdeu o bônus de US$ 200 mil pela vitória e teve o resultado do confronto transformado em “No Contest” (luta sem resultado). No total, a multa foi de cerca de R$ 1,3 milhão. O atleta, que depois de pressionado admitiu ter ingerido Ciális na semana do embate, pode voltar a lutar a partir do dia 1º de fevereiro. Contudo, para pedir licença para atuar novamente, ele precisará apresentar um exame antidoping limpo antes.

A audiência foi marcada pelo enorme número de gafes cometidas durante toda sessão. Em diversos momentos, celulares tocaram músicas e interromperam o julgamento. Outro grande problema foi com a tradutora Cristiane Mersch, que se enrolou ao passar as respostas de Anderson para o inglês. O empresário do atleta, Ed Soares, precisou compor a bancada para ajudar nas traduções e chegou a corrigir Cristiane em determinado momento. A defesa do brasileiro também deixou a desejar, com depoimentos inconsistentes, que foram criticados pelos comissários da NAC no final. O lutador, que aparentou impaciência desde a primeira resposta, ainda mostrou-se constrangido por admitir o uso de um estimulante sexual que teria sido fornecido por um amigo da Tailândia. Amigo este, que também proporcionou, indiretamente, outro momento bizarro. Quando Spider disse que o nome dele é Marcos Fernandes, os comissários pediram para eles soletrarem. Anderson, Ed e Cristiane precisaram soletrar diversas vezes para que a Comissão entendesse.

O julgamento

Anderson Silva chegou por volta das 12h45 (de Brasília) ao local. Aparentando tranquilidade, o brasileiro estava acompanhado de seu empresário Ed Soares, do advogado Michael Alonso, responsável por sua defesa, além do especialista em doping, Paul Scott, e da tradutora, Cristiane Mersch. O presidente do UFC no Brasil, Giovani Decker, e o vice-presidente de performance e saúde dos atletas do UFC, Jeff Novitzky, também acompanharam a reunião

Conforme o Combate.com antecipou no início da semana, em seu depoimento Spider negou o uso consciente das substâncias proibidas drostanolona e androsterona, mas admitiu o consumo de ansiolíticos na véspera da luta, por ansiedade e insônia. Anderson, no entanto, teria tomado os remédios para dormir depois da pesagem, data em que entregou o questionário pré-luta. Justamente por isso, ele afirma que não mentiu à Comissão sobre o uso dos ansiolíticos, pois teria feito uso das substâncias depois de entregar o documento.

 

Richa autoriza abertura de 100 vagas para Curso de Oficiais da PM

O governador Beto Richa autorizou nesta semana, por meio do decreto nº 2097, a abertura de 100 vagas para o Curso de Formação de Oficiais/turma 2016. São 90 vagas para policiais militares e 10 para bombeiros militares. O concurso será realizado pela Universidade Federal do Paraná. O edital deve ser lançado nesta sexta-feira (14) e as inscrições seguem até 11 de setembro.

“Os interessados devem ficar atentos ao edital para não perder os prazos e aproveitar a oportunidade”, orienta o major Gilson Luiz Semmer, Chefe do Centro de Recrutamento e Seleção da PM. “Também é importante lembrar que neste ano foi autorizado, por meio do esforço do Comando, um número maior de vagas, na comparação com os últimos anos, um benefício para quem tem o sonho de ingressar no oficialato da Polícia Militar do Paraná”, completa.

 

“Para a Corporação, a abertura de vagas é muito importante porque significa o prosseguimento dos trabalhos da Academia Policial Militar do Guatupê (APMG) e também a continuidade das perspectivas de futuro para preenchimento de postos de comando. Estamos de braços abertos para receber novos interessados em ingressar nesta sesquicentenária instituição”, afirma o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, Coronel Maurício Tortato.

A corporação pede aos interessados que acessem o site da UFPR e fiquem atentos para saber os procedimentos a partir de agora. “O Chefe do Centro de Recrutamento e Seleção da PM já está com o edital de Abertura de Vagas e Instrução para Provas de Habilidades Específicas pronto, o qual deve ser publicado em breve”, explica o major Semmer.

A SELEÇÃO – O processo seletivo será regulado pela UFPR e consistirá de provas que avaliem, além do domínio dos conteúdos das disciplinas do ensino médio, as capacidades de articular ideias com clareza, de relacionar e interpretar fatos e dados e de raciocinar de maneira lógica.

Os candidatos aprovados no processo seletivo aplicado pela UFPR deverão submeter-se também às Provas de Habilidades Específicas no âmbito da PM, reguladas por edital.

As datas para as inscrições constarão no edital próprio da UFPR e no Guia do Candidato, publicados no site da Universidade.

FORMAÇÃO – O curso oferecido pela Escola de Formação de Oficiais é composto por disciplinas fundamentais que estão ligadas diretamente à vida militar e buscam adaptar os cadetes para o melhor cumprimento da sua atividade como policial militar e bombeiro militar.

O conteúdo abrange diversos segmentos do direito, uso correto de armas de fogo, psicologia, estatística, educação física, direitos humanos e policiamento comunitário, além de técnicas de salvamento e prevenção de incêndios, entre outras.

Desde o início, os alunos fazem estágios administrativos nos quartéis e, ao fim do curso, nas ruas. No último ano de formação, os cadetes fazem estágios operacionais supervisionados nos diversos batalhões do Estado e atividades da corporação.

Lucro líquido da Copel cresce 21% no segundo trimestre

A estatal paranaense de energia Copel registrou lucro líquido de R$ 302 milhões no segundo trimestre de 2015, uma alta de 21,7% ante o mesmo período de 2014 – o resultado veio bem acima do estimado por analistas consultados pela Reuters, que previam um lucro de R$ 203 milhões. O número consta de balanço divulgado pela empresa na noite desta quinta-feira (13).

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 493 milhões no período, uma alta de 5,7% ante o ano passado, também superior às projeções do mercado, que apontavam para R$ 462,7 milhões.

No segundo semestre do ano, a receita operacional da Copel atingiu R$ 3,9 bilhões, valor 25,4% superior ao mesmo período de 2014. Já os custos e despesas operacionais de abril a junho atingiram R$ 3,6 bilhões, 27,9% maior do que no segundo trimestre do ano passado – resultado influenciado, segundo a companhia, pelo maior custo com aquisição de energia no período.

Desempenho das empresas

A Copel Geração e Transmissão teve uma receita operacional líquida de R$ 659,6 milhões no segundo semestre, valor 18,6% inferior ao constatado no mesmo período do ano passado. O lucro líquido foi de R$ 123,8 milhões .

Por outro lado, a Copel Distribuição registrou uma receita operacional líquida de R$ 2,4 bilhões, 53,4% maior do que o R$ 1,6 bilhão do segundo trimestre de 2014 – resultado diretamente ligado ao reajuste nas tarifas aplicado desde o início do ano, conforme a companhia.

O último reajuste nas tarifas aplicado pelo Copel entrou em vigor no dia 24 de junho – para a alta tensão, que abrange principalmente o setor industrial, o aumento foi de 15,61% e, para o consumidor residencial, de 14,62%.

Somando o novo aumento ao reajuste extraordinário aplicado em março, de 31,87%, a fatura das residências do Paraná subiu 51% apenas em 2015.

A conta não inclui o impacto da bandeira tarifária vermelha, cobrada quando há restrições na geração hidrelétrica e que hoje impõe um adicional de R$ 5,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Segundo o balanço da Copel, de janeiro a junho a companhia registrou R$ 542,5 milhões referente à receita das bandeiras – desde o início do ano, o setor elétrico brasileira opera com bandeira vermelha.

Por fim, a receita da Copel Telecomunicações atingiu R$ 67,9 milhões no segundo trimestre deste ano, valor 38% superior aos R$ 49,2 milhões do mesmo período de 2014.