Região do Rio das Mortes acumula histórico de acidentes graves na BR 277

O anúncio da duplicação da BR 277, no trecho que leva do perímetro urbano de Guarapuava até o Rio das Mortes, é precedido por um histórico de acidentes graves nos últimos anos. De janeiro a agosto de 2013, a quantidade de mortos e feridos caiu no trecho na comparação com o mesmo período do ano passado. Mas o mês de setembro começou com uma colisão envolvendo quatro veículos e deixando um saldo de 11 feridos, três deles com risco de morte após o acidente.

A colisão frontal ocorreu, segundo testemunhas, por uma ultrapassagem indevida, realizada no km 335, um trecho de encostas que se inicia com o término de duas terceiras faixas – uma para o sentido oeste e outra rumo leste do Estado. O condutor de um Palio teria iniciado a ultrapassagem em local proibido e, ao invadir a pista contrária, colidiu de frente com três carros que seguiam tanto na terceira quanto na faixa regular.

Estatísticas da Polícia Rodoviária Federal mostram que a colisão frontal é o terceiro tipo de acidente mais frequente no trecho compreendido entre os Kms 334 – em frente à Igreja Assunção de Nossa Senhora – e 336 –  sobre a ponte do Rio das Mortes. Contudo é o acidente que mais faz vítimas. Desde janeiro de 2010, 23 pessoas morreram no trecho de três quilômetros de extensão, num total de 69 acidentes.

Em 2013, não houve óbitos. Mas a quantidade de acidentes neste ano já se iguala com o período de janeiro a setembro do ano passado: 11 no total. Em 2012, 14 pessoas se feriram, quatro delas gravemente e outras quatro morreram. Até agora, em 2013, 16 pessoas saíram feridas, quatro em estado grave após as colisões.

Quase metade dos óbitos ocorreu em 2011, naquela que pode ser considerada uma das maiores tragédias da BR 277 na região Centro-Sul. Em agosto daquele ano, um microônibus lotado de funcionários de uma empresa prestadora de serviços para a Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas), em Araucária, voltava de uma viagem a passeio no Paraguai quando foi atingido pelo eixo de um caminhão bitrem. A peça havia se desprendido do veículo, no km 334, perto da capela Assunção de Nossa Senhora. Com o impacto, o condutor da van saiu da pista e o automotor pegou fogo. Onze pessoas morreram, algumas delas carbonizadas. Outras 14 ficaram feridas, 11 delas em estado grave.

Trecho acidentado e sinuoso
Para quem dirige de Guarapuava sentido Curitiba, o trecho em questão se inicia logo após a curva que antecede a ponte sobre o Rio das Mortes e segue até a capela Assunção de Nossa Senhora. As curvas acentuadas e o relevo acidentado, somado ao excesso de velocidade e a desobediência à sinalização, tornam o percurso arriscado. Motoristas não têm paciência com veículos mais lentos e arriscam-se em ultrapassagens mesmo após o término da terceira faixa.

A moradora Cidália Batista vive em uma residência em frente à igreja há três anos. E já testemunhou motoristas saírem da pista ao perderem o controle nas curvas fechadas do Km 334. Alguns dos veículos param no canteiro em frente a sua casa. “Tinham que fazer mais uma pista e tirarem essas curvas. Os motoristas passam muito rápidos, ‘quase voando’. Volta e meia um carro invade esse barranco”, aponta para o local onde dá a entrevista, em frente à residência. “Uma vez, um motorista não conseguiu fazer a outra curva e parou perto da outra casa. Passou por cima de uma árvore. E tive de ajudar a socorrer uma mulher, que estava muito machucada”, relata.

Dentre os moradores que habitam a comunidade nos arredores da igreja, conta Cidália, há também estudantes. O perigo é constante nos horários de entrada e saída das aulas, principalmente quando precisam atravessar a rodovia. Mesmos os adultos, como ela, se arriscam no momento de cruzar a pista, correndo sobre a pista de rolamento. Dependendo do ponto onde se atravessa, devido a curva fechada, a visibilidade é prejudicada. “Se for esperar, tem de ficar às vezes meia-hora até os carros passarem. É muito movimento”, diz.

Chuva deixa quase 200 desalojados e atinge 26 municípios do PR

Quase 200 pessoas estão desalojadas por causa da chuva que atinge o Paraná desde a tarde de sexta-feira (20), segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil Estadual, às 8h15 desta segunda-feira (23). Ao todo, 61 pessoas estão desabrigadas. O número de pessoas afetadas aumentou de 26.220 para 26.786. O número de casas danificadas é de 6.902. Ao todo, 26 municípios foram atingidos. A maior parte dos estragos foi causada em virtude dos ventos fortes e do granizo, segundo a Defesa Civil.

A chuva deu uma trégua entre a noite de sexta-feira e a manhã de sábado (21), mas voltou a cair com intensidade no período da tarde. Até o início da manhã desta segunda-feira ainda chovia forte em Cidade Gaúcha, Icaraíma, Morretes, Nova Fátima e Paranapoema.

Em Corbélia, município mais afetado, 23 moradores ficaram feridos após tentar arrumar os telhados. Até a manhã desta segunda-feira, 21 permaneciam internados. Três deles em estado grave.

Em Corbélia, 10 mil moradores foram afetados e três mil residências ficaram danificadas. Na tarde de domingo (22), o governador Beto Richa (PSDB) esteve na cidade. Ele sobrevoou o município de helicóptero e conversou com voluntários que estão trabalhando no atendimento aos afetados.

O prefeito Ivanor Bernardi (PSD) adiantou que deve decretar situação de emergência no município até o período da tarde, quando deve concluir os cálculos do prejuízo. A princípio, 80% da cidade foi afetada. Dados iniciais apontam para um prejuízo de R$ 10 milhões.

Cidades vizinhas como Cafelândia e Cascavel estão enviando voluntários e máquinas para ajudar na limpeza e reparos de ruas e imóveis. “O tempo ainda está fechado por aqui, com uma garoa caindo. Mas logo o sol deve sair e em dez dias já estaremos retomando a nossa rotina”, comentou o prefeito.

Em Guarapuava, os estragos foram causados pela chuva da madrugada e da manhã de domingo. Os bairros Boqueirão, Vila Bela e Santa Cruz foram os mais atingidos pelas chuvas de domingo com 376 casas destelhadas. Ninguém ficou desabrigado na cidade, de acordo com os bombeiros. Torres de telefone foram derrubadas com a força do vento que atingiu 87 km/h, segundo o Simepar e os moradores ficaram sem energia até as 14h de domingo.

Ainda na manhã desta segunda-feira, funcionários da prefeitura trabalhavam para cortar e retirar as árvores das ruas prejudicadas pela queda de árvores.

Treze mil metros quadrados de lonas foram distribuídos em Guarapuava pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e a Secretaria de Assistência Social. Outros 40 mil metros foram distribuídos nas outras cidades da região. Ainda conforme o boletim, a cidade de Itapejara do Oeste concentra o maior número de desalojados – 180.

Em Londrina, no norte, mais de 15 mil residências estão sem energia elétrica na manhã desta segunda-feira. De acordo com a Companhia Paranaense de Energia (Copel), as interrupções foram causadas pela forte chuva que atingiu a cidade na tarde de domingo (22), quando foram registrados ventos de até 107 km/h, derrubando galhos, árvores e objetos contra a rede elétrica. A Copel ainda não tem previsão de quando o fornecimento será normalizado. Confira a matéria completa.

Entre os outros municípios atingidos estão Ampére, Campina do Simão, Cantagalo, Capanema, Chopinzinho, Coronel Vivida, Francisco Beltrão, Guaraniaçu, Guarapuava, Londrina, Marmeleiro, Marquinho, Nova Esperança do Oeste, Nova Prata do Iguaçu, Prudentópolis, Realeza, Salto do Lontra, Santo Antônio, São João, Turvo e Verê.

Semana gelada
A chuva deve dar uma trégua até o início da noite desta segunda em praticamente todo o estado, segundo a previsão da Somar Meteorologia. Contudo, uma massa de ar polar se aproximada do estado e derruba as temperaturas. Nesta terça-feira (24), os municípios de Clevelândia, Guarapuava e Castro devem amanhecer com mínimas em torno de 5ºC. Já na quarta (25), as mínimas ficam ainda mais baixas e podem chegar a 0ºC.

Osmar Dias deverá assumir Ministério da Agricultura em janeiro de 2014

“Santa Ceia” comandada pela ministra Gleisi Hoffmann, em Toledo, neste domingo, discutiu as eleições de 2014; dentre os temas debatidos na mesa, a ida de Osmar Dias para o Ministério da Agricultura em janeiro de 2014; extraoficialmente, Fruet recebeu convite para disputar a vice da petista; prefeito de Curitiba não disse nem sim, nem não.

Quem esperava um confronto entre os irmãos Álvaro Dias (PSDB) e Osmar Dias (PDT) pelo Senado, em 2014, pode tirar o cavalinho da chuva. Não ocorrerá. Pelo menos é o que ouviu um “orelha seca” deste blog, ontem (22), em Toledo, durante a Festa Nacional do Porco no Rolete.

 

Segundo o papo que rolava na “Santa Ceia” petista, comandada pela ministra Gleisi Hoffmann (PT) e seus discípulos, o vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias (PDT), deverá assumir o Ministério da Agricultura a partir de janeiro de 2014.

O titular da pasta, deputado Antônio Eustáquio Andrade Ferreira (PMDB-MG), sairá em dezembro para disputar um novo mandato na Câmara. Os peemedebistas deverão ser agraciados com outro espaço no governo Dilma.

A animada conversa sobre 2014 foi suprapartidária. Além de Gleisi, participaram os petistas Ângelo Vanhoni, Zeca Dirceu, Elton Welter e Toninho do PT; o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT); e o senador Sérgio Souza (PMDB) e o prefeito toledano Beto Lunitti (PMDB).

Welter, líder da oposição na Assembleia Legislativa, sugeriu que Fruet saia na vice de Gleisi – para liquidar a fatura já no primeiro turno, segundo ele — e deixe a prefeitura sob o comando da petista Mirian Gonçalves. O pedetista não disse nem sim, nem não.