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Em audiência repleta de gafes, Spider leva suspensão de um ano da NAC

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O ex-campeão dos pesos-médios do Ultimate Anderson Silva contou, pela primeira vez, a sua versão sobre os exames antidoping em que testou positivo antes e depois de seu duelo contra Nick Diaz, pelo UFC 183, em janeiro passado. O lutador compareceu à audiência disciplinar da Comissão Atlética de Nevada (NAC), nesta quinta-feira na sede do órgão, em Las Vegas, Estados Unidos. Após duas horas e meia de julgamento, ele foi suspenso por um ano, multado em 30% da bolsa de US$ 600 mil (US$ 180 mil) que recebeu, perdeu o bônus de US$ 200 mil pela vitória e teve o resultado do confronto transformado em “No Contest” (luta sem resultado). No total, a multa foi de cerca de R$ 1,3 milhão. O atleta, que depois de pressionado admitiu ter ingerido Ciális na semana do embate, pode voltar a lutar a partir do dia 1º de fevereiro. Contudo, para pedir licença para atuar novamente, ele precisará apresentar um exame antidoping limpo antes.

A audiência foi marcada pelo enorme número de gafes cometidas durante toda sessão. Em diversos momentos, celulares tocaram músicas e interromperam o julgamento. Outro grande problema foi com a tradutora Cristiane Mersch, que se enrolou ao passar as respostas de Anderson para o inglês. O empresário do atleta, Ed Soares, precisou compor a bancada para ajudar nas traduções e chegou a corrigir Cristiane em determinado momento. A defesa do brasileiro também deixou a desejar, com depoimentos inconsistentes, que foram criticados pelos comissários da NAC no final. O lutador, que aparentou impaciência desde a primeira resposta, ainda mostrou-se constrangido por admitir o uso de um estimulante sexual que teria sido fornecido por um amigo da Tailândia. Amigo este, que também proporcionou, indiretamente, outro momento bizarro. Quando Spider disse que o nome dele é Marcos Fernandes, os comissários pediram para eles soletrarem. Anderson, Ed e Cristiane precisaram soletrar diversas vezes para que a Comissão entendesse.

O julgamento

Anderson Silva chegou por volta das 12h45 (de Brasília) ao local. Aparentando tranquilidade, o brasileiro estava acompanhado de seu empresário Ed Soares, do advogado Michael Alonso, responsável por sua defesa, além do especialista em doping, Paul Scott, e da tradutora, Cristiane Mersch. O presidente do UFC no Brasil, Giovani Decker, e o vice-presidente de performance e saúde dos atletas do UFC, Jeff Novitzky, também acompanharam a reunião

Conforme o Combate.com antecipou no início da semana, em seu depoimento Spider negou o uso consciente das substâncias proibidas drostanolona e androsterona, mas admitiu o consumo de ansiolíticos na véspera da luta, por ansiedade e insônia. Anderson, no entanto, teria tomado os remédios para dormir depois da pesagem, data em que entregou o questionário pré-luta. Justamente por isso, ele afirma que não mentiu à Comissão sobre o uso dos ansiolíticos, pois teria feito uso das substâncias depois de entregar o documento.