Sem regulamentação, lei que estabelece reaproveitamento da água não sai do papel

Guarapuava possui um programa de conservação e uso racional da água, estabelecido por lei. Mas, em vigor há dois anos, o texto acabou não regulamentado e, portanto, está sem efeito. Entre as diversas medidas previstas está o reaproveitamento da água através de cisterna ou tanque para edificações com mais de 100 metros quadrados.
O programa foi proposto em 2010 pela vereadora Maria José Mandu Ribeiro Ribas (PSDB) e aprovado em 24 de setembro do mesmo ano. Em 16 de outubro foi publicado em boletim oficial do município. Conforme estipulado pela própria lei, entrou em vigor seis meses depois, em 14 de abril de 2011.

A lei abrange as novas edificações construídas a partir de então, citando residências, postos de revenda de combustíveis, lava carros e quaisquer outras obras com mais de 100 m² de área construída. Esses novos estabelecimentos teriam de contar obrigatoriamente, já a partir da data em que entrou em vigor, com uma cisterna ou tanque para captar a água das chuvas do telhado. Ela seria então reutilizada em atividades que não demandem água tratada: regar jardins e hortas, lavar roupas, veículos, vidros, calçadas e pisos. Os prédios públicos municipais, estaduais ou federais, mesmo aqueles edificados antes da lei, também deveriam adotar o sistema.

Os proprietários das edificações erguidas anteriormente ganharam prazo de dois anos para adequação que, em tese, terminaria em abril de 2013. Em tese, porque a lei não foi regulamentada, como explicou o secretário municipal de Habitação e Urbanismo, Flávio Alexandre. O titular da pasta, que era servidor da mesma por ocasião da criação da lei, conta que algumas questões técnicas contribuíram para que o município não a regulamentasse. “O primeiro problema estaria na obrigatoriedade, que aumentaria o custo das obras. E o segundo na dúvida sobre como seria cobrado o esgoto na água reutilizada”, contou.

Por contrato firmado com o município, cabe à Sanepar prestar serviços de água e esgotamento sanitário. Conforme o documento, a companhia de abastecimento fixa o valor da tarifa de esgoto em percentual nunca inferior a 80% em relação à tarifa da água. Daí decorre a dúvida legal sobre a incidência da tarifa também sobre a água reutilizada, por ter o mesmo fim da água própria para consumo, fornecida pela mesma empresa. “Como vou saber se o esgoto é oriundo da água própria para o consumo, fornecida pela Sanepar, ou daquela reutilizada para não fazer a cobrança do esgoto sobre ela?”, apontou Alexandre.

Sancionado pelo ex-prefeito Fernando Ribas Carli (PP), a aplicação da lei não foi discutida com a Sanepar. Como contou o atual secretário de Habitação, também não houve um debate técnico sobre os efeitos com associações ou entidades de classe ligadas a engenheiros e arquitetos. Apesar disso, Alexandre reconhece a importância do programa de conservação e uso racional da água. “Minha posição é de que precisamos regulamentá-la. É uma boa ideia fazer o reuso da água. Mas precisamos de uma discussão ampla”, comentou.

Vereador Cleto Tamanini coloca site no ar

O Vereador Cleto Tamanini – PTC, colocou no ar seu site, onde a população de Guarapuava poderá acomparnhar seu mandato, suas ações, seus projetos e etc.

No site a população de Guarapuava terá acesso a toda e qualquer ação que o Vereadore realizar, como, projetos e requerimentos apresentados, resumo semanal de atuação do Vereador, notícias e uma galeria de vídeos, onde o vereador apresenta o Programa Cleto Tamanini, discutindo problemas de nossa cidade e falando de seu mandato.

http://cletotamanini.com.br/

 

Sobe para 27 o número de mortos pelas chuvas em Petrópolis

As chuvas que atingem a região serrana do Rio desde o fim de semana já provocaram a morte de 27 pessoas na cidade de Petrópolis, segundo dados da Defesa Civil divulgados no início da noite desta terça-feira (19).

Os bombeiros estimam que ainda há entre quatro e oito pessoas desaparecidas.

Os temporais que castigam a região começaram no domingo e provocaram vários alagamentos e deslizamentos de terra. Os bairros de Quitandinha e Bingen são os mais prejudicados. Segundo a Prefeitura de Petrópolis, ainda existem cerca de 5 mil pessoas em áreas de risco e 560 estão desalojadas ou desabrigadas.

Nesta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo não pode permitir a construção de casas em áreas de risco e voltou a dizer que a situação é “extremamente preocupante porque as pessoas não saem.” No total, 250 homens dos bombeiros e da Defesa Civil trabalham na busca às vítimas do temporal. Vítimas
Entre os mortos em Petrópolis estão dois agentes da Defesa Civil. Fernandes de Lima, 44, e Paulo Roberto Filgueiras orientavam moradores a abandonar a área, quando uma nova avalanche arrastou um muro, que caiu sobre os dois. Eles morreram na hora. Um terceiro agente sofreu traumatismo craniano e está internado.

Em Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense, mais de 600 pessoas abandonaram as casas, alagadas após o transbordamento dos rios Capivari e Saracuruna. A cidade deve receber R$ 12 milhões do Ministério da Integração Nacional para a execução de obras de reconstrução e recuperação de danos causados pelas chuvas.

A Defesa Civil colocou Angra dos Reis em estado de alerta. A cidade também sofreu com deslizamentos, alagamentos, quedas de árvores, além de estragos em pontes. Ninguém ficou ferido e pelo menos 36 pessoas estão desalojadas, segundo a prefeitura.

Nível do alagado do Iguaçu em Candói está baixo há meses e preocupa moradores

O nível do alagado do rio Iguaçu, em Candói, tem desapontado muitos turistas e moradores da região. O reservatório da Usina Salto Santiago está baixo, cerca de 30 m do habitual, em alguns pontos. Segundo a empresa Tractebel Energia, que administra a usina, a condição está normal para a época e a variação da profundidade do rio pode chegar a 25 m durante o ano.

Moradores lindeiros ao lago na região de Candói afirmam que durante o ano é comum o nível do rio oscilar entre os meses. Segundo o presidente da associação de moradores da península do Cavernoso, Alair Zanella, o cenário da grande extensão de terra na margem do rio é avistada há anos e prejudica os agricultores. “É uma área que não pode ser aproveitada.

Não se pode plantar em época de seca. O pior é que com as chuvas dos últimos dias, tem muitos casos de erosão nas propriedades”, explica Zanella.

Através de assessoria de imprensa, o gerente da Tractebel responsável pela área afetada, Leocir Marcos Scopel, explicou que a produção de energia nas hidrelétricas é regulada pela ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e que precisa cumprir as metas de geração.

“O reservatório de Salto Santiago, assim como o da hidrelétrica Foz do Areia, ambos situados no curso do rio Iguaçu, são do tipo de acumulação, pois possuem grande capacidade de armazenamento de água. O enchimento destes reservatórios ocorre nos períodos chuvosos do ano, visando a regularização da geração de energia nas usinas durante os períodos de estiagens ou menos chuvosos. Desta forma ocorrem grandes variações de níveis d’água nos reservatórios para atendimento à geração de energia que, no caso de Salto Santiago, pode chegar até 25 m”, completou Scopel.

Segundo a empresa, os meses em que o reservatório se enche mais facilmente é entre maio e outubro.

Segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Candói, Valdomiro Ivatiuk Junior, o lago compreende uma vasta extensão do município nos rios Cavernoso e Iguaçu atingindo muitos agricultores familiares. “Somente na península do Cavernoso são 79 famílias que vivem da agricultura”.