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Vereadores “lavam as mãos” e passam responsabilidade ao Judiciário

Melhem

A sessão da Câmara de Vereadores está sendo marcada por discursos em defesa do Legislativo. Vereadores estão “lavando as mãos” e passando responsabilidade do afastamento do presidente Admir Strechar (PMDB) ao Judiciário. Alegação dos vereadores pelo não afastamento é que desconhecem as provas produzidas.

A vereadores Eva Schran (PHS) disse que o momento tenso. “Temos que ter um conduta especial. Temos que representar os anseios do povo. O primeiro passo foi dado. Compreendo o anseio de Guarapuava. Hoje, porém vejo que a resposta que todos nós buscamos, não seja tomada no âmbito político, e sim virá no âmbito jurídico. Isso não acontecerá da noite para o dia”, enfatizou a vereadora.

Em seu pronunciamento, Elcio Melhem (PP), enfatizou que a responsabilidade pelo afastamento do presidente deve ser do Judiciário. “É certo que a população pede. É certo que a população clama: tem que cassar, tem que afastar o vereador ou os vereadores, os que foram envolvidos. Mas, para que esta Casa tome alguma medida, na forma como a população pede, nós temos um trâmite. Nós temos que seguir o que determinam, não só a Constituição Federal, mas a nossa Lei Orgânica. Mas o princípio cassar, nesse momento, baseado no que?”, afirmou.

“Se o próprio judiciário não decretou a prisão dos envolvidos, pedida pelo MP, como nós, se o próprio Judiciário, porque entendeu que realmente necessitava ainda mais de investigação, não somos nós desta Casa de Leis que iremos pisotear em cima da verdade, da lei ou seja lá o que for”, enfatizou.

Melhem concluiu dizendo que “cada um daqueles vereadores que foram envolvidos têm o sagrado direito de exercer a ampla defesa. Nós acreditamos, em primeiro lugar, na ação do MP que busca, através das investigações, saber se há ou não a prática de atos que desabonem a ética parlamentar. Se há ou não a prática de ato de improbidade administrativa. Se há ou não a prática de atos tidos como criminosos. Não tomaremos medida algum porque alguém quer ou alguém exige, sem termos algum respaldo”.

“Na reunião de hoje, eu sugeri se não houver a ordem judicial para o afastamento, que haja por parte do vereador Admir Strechar um pedido de afastamento”, disse Elcio Melhem, concluindo que “quem poderá atirar a primeira pedra e dizer se é ou não culpado? Não vamos apenas cassar por cassar. Nós iremos aguardar o que o Judiciário já começou”.

Já o vereador Antenor Gomes de Lima cobrou a participação popular nas sessões, e “não apenas em momentos como esse. A cada dois meses apresento um projeto popular e não vejo ninguém na Casa. Não é só nessa hora que devemos participar, mas sim em todos os momentos importantes do nosso Legislativo”.

O vereador Gilson Amaral (DEM), justificou sua ausência nas últimas sessões, principalmente na terça-feira (25) data da operação do Gaeco na Câmara de Vereadores. “Estive em reuniões com Cezar Silvestri, na Sedu, e na Assembleia Legislativa. Por isso, não estivemos aqui”.

Gilson foi interrompido pela manifestação popular e desistiu de prosseguir com seu pronunciamento.