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Traçado da ferrovia Norte-Sul exclui Guarapuava, diz Valec; estudo local tenta mudar decisão

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Os estudos ainda estão em andamento, sendo que o plano definitivo será apresentado em junho deste ano. Mas a Valec, estatal responsável por elaborar o projeto de ampliação da EF 151, ou Ferrovia Norte-Sul, informou ao Diário que nenhum dos três traçados em análise passa pela região central do Estado. E, por consequência, não abrangem diretamente o município de Guarapuava.

Por meio da assessoria de imprensa, a empresa destacou que Guarapuava estará apenas “na área de influência, a até 150 km da ferrovia”, sendo que a estrada de ferro passará mais a Oeste do Estado, nas proximidades de Cascavel.

Contudo, autoridades locais tentarão negociar um trajeto que passe por Guarapuava. Para isso, a FAU (Fundação de Apoio à Unicentro), em parceria com entidades civis da região, está elaborando um estudo que tentará provar ao governo federal que é mais economicamente viável – e barato – construir uma ferrovia que passe pela região central.

O objetivo da EF 151 é integrar por meio de trilhos as regiões Sul e Norte do país, passando pelo Centro-Oeste e Sudeste. A ferrovia atualmente já liga Belém (PA), Palmas (TO), Goiânia (GO) e Panorama (SP). O projeto visa chegar até o porto de Rio Grande (RS). A ferrovia Norte-Sul se interligará ainda com a ferrovia Leste-Oeste, que vai ligar Maracajú (MS), Cascavel e Guarapuava ao porto de Paranaguá.

Traçado
Segundo a Valec, apenas três cidades estão certamente dentro do traçado da extensão da EF 151: Panorama (SP), onde atualmente a ferrovia termina, Chapecó (SC) e Rio Grande (RS). As demais dependeriam dos estudos – que estão sendo elaborados, de acordo com a companhia, com base em critérios estritamente técnicos, como distância, topografia e custo. Mesmo assim, Guarapuava estaria excluída de todos os traçados em estudo.

Contudo, um email da Valec publicado pelo Diário do Norte do Paraná no dia 21 de fevereiro diz que “o estudo prevê três alternativas de traçado no estado do Paraná, e todas as três têm como ponto de convergência a cidade de Maringá”, contradizendo a informação de que não haveria cidades definidas.

A carta revela ainda que o custo de implantação da estrada de ferro é de aproximadamente R$ 6 milhões por quilômetro, e que serão cerca de 650 km cruzando o Paraná.

Alternativa
A FAU e professores da Unicentro – em parceria com a Cacicopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Centro-Oeste do Paraná), Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e outras entidades – estão elaborando um projeto alternativo de traçado da ferrovia, que deve ser apresentado à Valec em breve.

Segundo o diretor da fundação e coordenador do projeto, Emiliano Elis Andrade Silva, o objetivo é mostrar que é mais economicamente viável e barato implantar uma ferrovia que atravesse a região central do Estado. “É um projeto de defesa de um traçado que fique interessante para Guarapuava, e que ainda por cima reduza os gastos do governo federal com a ferrovia”.