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Promotor pede Segredo de Justiça para investigações na Câmara

Camara municipal 01

O promotor Willian Gil da 7ª Promotoria de Justiça (Patrimônio Público) pediu hoje, segunda-feira (31), Segredo de Justiça para as investigações envolvendo os vereadores e funcionários da Câmara de Vereadores de Guarapuava. De acordo com a assessoria do Ministério Público, em Curitiba, pedido foi feito, principalmente, por envolver quebra de sigilo bancário.

Por outro lado, em entrevista ao comunicador Tonico de Oliveira na manhã de hoje, o promotor coordenador do Gaeco, Claudio Cortesia, afirmou que a análise dos documentos e computadores apreendidos durante a Operação Fantasma pode levar mais de um ano. “Temos serviço para mais de um ano. Novos fatos estão aparecendo e, além dos 17 funcionários envolvidos, outros 05 já nos procuraram e denunciaram o esquema do presidente Admir Strechar. Para esta semana temos mais pessoas agendados para prestar depoimentos”, destacou o promotor.

Cortesia disse ainda que o valor desviado com o esquema montado na Câmara pode ser superior a R$ 1,2 milhão. “Até a operação, o valor apurado nos 17 funcionários passava de R$ 1,2 milhão de recursos desviados, mas acreditamos que seja muito superior, pois apareceram outras irregularidades”, destacou.

Com relação à manifestação popular que está sendo organizada para a sessão ordinária de hoje, Cortesia destacou que o manifesto popular é também uma forma de pressionar os vereadores a tomarem providências com a situação. “A iniciativa popular é louvável. É importantíssima, porque a movimentação popular é o que determina o sucesso do trabalho, como forma de pressão. Uma forma de demonstrar que a sociedade está indignada. Afinal, quem pode afastar os vereadores envolvidos politicamente são os seus pares, ou seja, os outros vereadores”, enfatizou o promotor do Gaeco.

O que é segredo de justiça?

Se o juiz determinar nos autos que tudo irá ocorrer em segredo de justiça, nada do que acontecer durante o processo poderá ser revelado, por nenhuma das partes envolventes, desde auxiliares do juízo, até mesmo o réu e as testemunhas, ou seja, os autos (processo) não podem se tornarem públicos.

Caso alguma das partes infrinja essa ordem, poderá ser processado criminalmente e sofrer possível pena a ser julgada. No caso de funcionários públicos, se divulgarem o que acontece dentro de segredo de justiça, perderá seu cargo e também serão processados criminalmente.