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Corpo de Bombeiros já fez mais de 660 salvamentos no litoral do Paraná

BOMBEIRO

Durante o verão, cresce número de incidentes na água, como afogamentos. Banhistas precisam adotar atitudes de proteção e evitar situações de risco.

As altas temperaturas do verão incentivam o deslocamento de turistas para regiões litorâneas e áreas de banho, mas é preciso atenção redobrada. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Paraná, é nesta época do ano que o número de incidentes em meios aquáticos aumenta significativamente. Só entre dezembro e janeiro deste ano mais de 660 ocorrências já foram registradas no litoral do Paraná, com seis óbitos confirmados por afogamento.

Para garantir o divertimento seguro dos banhistas, bombeiros guarda-vidas são deslocados para o litoral do estado para fazer a vigilância das praias demarcadas como adequadas. No entanto, é fundamental que os banhistas também adotem atitudes de proteção e estejam atentos aos riscos a que podem estar vulneráveis, explica o tenente-coronel Paulo Henrique de Souza, comandante do 8º Grupamento de Bombeiros e do Verão Paraná pelo Corpo de Bombeiros. “As correntes marítimas puxam o banhista e dificultam a volta. O desgaste físico pode levar ao afogamento”, alerta.

Caso seja identificada uma possível situação de afogamento no mar, a recomendação feita pelo Corpo de Bombeiros é que o banhista aguarde o bombeiro guarda-vidas mais próximo que fará o resgate e os procedimentos necessários. As pessoas ao redor que detectarem o afogamento podem entrar em contato com a Central 193.

O que deve ser evitado, afirma o tenente-coronel, é que banhistas entrem na água para fazer o salvamento sozinhos. Sem preparo físico adequado, as chances de sucesso na retirada da pessoa em situação de risco, sem também se envolver, são pequenas. “Por isso a importância dos banhistas frequentarem as praias protegidas pelo Corpo de Bombeiros”, explica o tenente-coronel.

Percepção do risco em áreas sem proteção

Não é só no mar que os incidentes acontecem. Em rios, cachoeiras e corredeiras os riscos também são altos, já que não há vigilância do Corpo de Bombeiros. Ao entrar em ambientes aquáticos, seja qual for a velocidade de correnteza, é essencial que os banhistas, antes, façam uma avaliação visual da profundidade das águas. Caso não seja possível identificar, a recomendação é que o banho seja evitado. “Por que arriscar? Muitos banhistas superestimam suas habilidades físicas, mas o desgaste respiratório e físico causado por um possível afogamento é muito alto”, afirma o tenente-coronel Paulo Henrique de Souza.

Outra situação de risco, explica o tenente-coronel, é o mergulho feito embaixo das quedas de água: com o fluxo e refluxo da água em alta velocidade, os banhistas podem não conseguir retornar à superfície e se afogar. É comum também que banhistas se arrisquem saltando de plataformas sem, no entanto, saber quais as condições do solo -que pode conter pedras -e da profundidade da queda. Nestes casos, há grandes chances de o banhista sofrer traumas graves, com poucos recursos de resgate ágil. “Quem entra em ambientes aquáticos precisa assumir esta responsabilidade e se perceber como parte solução do problema. O Corpo de Bombeiros tem atuado ostensivamente, mas é preciso a colaboração do banhista para que os afogamentos sejam evitados”, avalia.