Suspeitas sobre fraude em licitação atingem o presidente do TC do Paraná
Artagão de Mattos Leão aparece em interceptação telefônica conversando com um dos suspeitos. Devido ao foro privilegiado, denúncia foi remetida ao STJ. O presidente do Tribunal de Contas do Paraná (TC), Artagão de Mattos Leão, virou suspeito de envolvimento ou de pelo menos ter tido conhecimento do suposto esquema de fraude na licitação do prédio anexo do órgão durante a investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Mattos Leão aparece em uma das interceptações telefônicas conversando com um dos suspeitos que foi preso temporariamente. Devido à prerrogativa de foro privilegiado, as suspeitas que recaíram sobre o presidente do TC foram desmembradas da investigação do Gaeco, braço do Ministério Público (MP), e remetidas em um pedido de apuração ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Durante operação do Gaeco, deflagrada no último dia 18, seis pessoas foram presas temporariamente sob suspeita de envolvimento no esquema. Entre elas, o ex-coordenador-geral do TC, Luiz Bernardo Dias Costa, e o empresário Edenilso Rossi, proprietário da Sial Engenharia e Construção, vencedora da concorrência. No momento da prisão, Rossi teria entregado R$ 200 mil a Costa. O dinheiro seria o pagamento para que Costa fraudasse, em favor da Sial, a licitação da obra de construção do anexo, orçada em R$ 36,4 milhões. Todos os presos já foram libertados. Conversas Ainda na sessão, Mattos Leão afirmou que conhecia uma das empresas participantes do certame, mas excluiu qualquer possibilidade de influência no processo, visto que a empreiteira não foi a vencedora da licitação. “Eu até tinha, tenho, uma empresa que é minha conhecida e o dono dela concorreu, mas não ganhou. [Se] Tivesse que favorecer alguém, até poderia ser [essa empresa], mas [ela] não ganhou, porque não seguiu o edital, que é a lei máxima de uma licitação”, revelou. Auditoria Por meio da assessoria de imprensa, o presidente do TC afirmou que desconhece qualquer denúncia de suposto envolvimento no esquema e que não foi notificado sobre supostas investigações envolvendo seu nome, mas diz defender a legitimidade da licitação. Com informações: Gazeta do Povo |